segunda-feira, 14 de setembro de 2009

A Fernanda na escola

Existem coisas que mudam com o tempo. Algumas são modismos, outras vêm pra ficar.
Hoje é muito comum colocarmos nossos filhos na escola bem cedo, geralmente desde que aprendem a andar. Ou seja, por volta de 1 aninho de idade. Ainda bebês!!
A primeira vez que fui pra escola eu "já me entendia por gente", acho que por volta dos 5 anos.

A oferta de escolas do tipo maternal hoje é bem grande, principalmente pelo fato de que as mulheres trabalham mais e tem que ter um lugar onde possam deixar seus filhos. Não são todas as mães que optam pela babá, tem as que preferem deixar na escolinha.
Eu nunca havia pensado muito no assunto até que ficamos sabendo da minha segunda gravidez.

Como já disse, não sou do tipo mãe sofredora, que acha que tem que dar conta dos filhos sozinha e depois estar sempre mau humorada, irritada e ficar pensando que os outros tem que entender que você ou não dormiu, ou não comeu, ou não conseguiu tomar um banho ou ir ao banheiro sossegada. Muitas vezes nenhuma dessas coisas em um mesmo dia.
Tenho uma babá que fica durante o dia, que me ajuda com a Fernanda desde que ela tem 3 meses. Como nunca poderia ser, não é perfeita, mas que adora minha filha e sei que a Fer sente o mesmo por ela. Eu sempre estive por perto, supervisionando, o que DIMINUI as chances de acontecer alguma coisa que não gostaríamos que acontecesse.

Moro num condomínio fechado onde passeiam muitas crianças com suas respectivas babás. Algumas raras vezes com suas mães ou avós. A Fernanda sempre fez parte do grupinho. E sempre foi positivo. Conhecemos muitas outras crianças e seus pais por conta desses passeios. Ela já vem aprendendo a socializar-se desde cedo. Brinca, corre, rola na grama, brinca na areia, divide brinquedos, lanchinhos etc. Ou seja, não seria necessário colocá-la na escola assim tão cedo.

Mas a criança, principalmente depois que começa a andar, tem uma necessidade muito saudável de descobrir, explorar. É incrível a capacidade de aprendizado desses pequenos! E isso deve ser estimulado. E é aí que entra o lado positivo da escolinha (no meu ponto de vista, é claro!).
Uma babá, por melhor que ela seja, têm limitações quanto ao nível de estímulo e geralmente, conhecimento nenhum sobre como as crianças devem ser estimuladas.
Mas de fato o que mais percebo em relação às babás é que elas se reúnem com o motivo principal de conversarem entre elas, algumas inclusive mostram total descaso com a criança!

Mais cedo ou mais tarde a Fernanda iria pra escolinha. Disso eu não tinha dúvidas, só não sabia quando seria melhor.
Com o nascimento da Laura previsto para setembro, eu tinha 3 opções: colocá-la já no começo do ano, no meio do ano ou ainda só no ano seguinte ao nascimento da irmã.
No começo do ano me parecia muito longe, mas tanto no meio como no início do ano seguinte, a associação com a chegada da irmã seria certa.

Acabei colocando no começo do ano mesmo, em março. No mini maternal I! Ela estava com 1 ano e 2 meses. Tão novinha! Praticamente não falava nada ainda! Como faria pra me contar das coisas ruins? Será que ficaria doente pelo contato com tanta criança?
A adaptação não foi das mais fáceis mas também não dá pra dizer que tenha sido difícil. Ela chorou bastante sim, no começo, mas logo ela estava entrando sem reclamar, estava comendo bem na hora do lanche, brincando com os amigos, feliz na hora de sair mostrando que havia tido um dia legal, ou seja, parecia estar curtindo. Afinal, eles vão lá com a finalidade de brincar. E é isso que fazem durante a parte do dia em que ficam lá.
O diferencial é que fazem isso de uma forma direcionada. As professoras têm mais conhecimento sobre o desenvolvimento infantil. O que é normal e o que não é para cada fase. A cada meia hora uma atividade diferente. Brincam no tanque de areia, no parquinho, aula de educação física, de bandinha (que a Fernanda adora), uma sala cheia de brinquedos dos mais variados tipos, atividades como pintura com tinta, lápis, giz de cera etc, assistem filminhos, nos dias de verão tem a piscina para brincarem e, o que acho mais legal, a hora do lanche com uma cardápio feito por nutricionista. Cada dia uma coisa diferente e sempre comidinhas interessantes, feitas lá na cantina da escola mesmo. Acho lindo ver na agenda dela, praticamente todos os dias, que comeu bem todos os itens do lanche. Sem falar na praticidade!

Outra coisa muito boa é que as crinças que vão para a escola geralmente aprendem a falar mais cedo, simplesmente por uma questão de "sobrevivência". Como são duas professoras para cerca de 10 crianças, diferente da babá que é exclusiva, a criança não tem tudo na mão na hora em que quer. Ela tem que aprender a pedir, tem que ser compreendida para poder ter suas necessidades atendidas. Não foi assim, de uma hora para a outra, mas tenho certeza de que o fato de estar na escola ajudou muito e, ainda tem ajudado, no desenvolvimento da fala da Fernanda.
Não sei de tudo o que se passa lá dentro, todas as atividades que estão sendo desenvolvidas. Se o dia foi bom ou ruim, se ela gostou ou não. A Fernanda até que já fala um montão, mas ainda são palavras soltas, ainda não consegue me contar as coisas em uma frase. Se bem que esses dias ela começou a a falar bastante as palavras "amigo", "bateu", "tia Kelly". Fiquei preocupada achando que um amigo pudesse estar batendo nela, ou que ela estivesse batendo no amigo. Me recusava a pensar que a professora pudesse estar batendo em alguém, mas nunca se sabe, não é???! Escrevi na agenda um recadinho para a professora que, na saída da escola, veio me contar que havia um amigo da Fernanda que de vez em quando batia nela, na "tia Kelly". Achei interessante, mas acredito que a Fer estivesse querendo me contar isso que acontecia, mesmo que do jeitinho "rudimentar" dela. Fiquei mais tranquila também!

No fim das contas acredito ter acertado na minha decisão. A angústia de que poderia ser ruim para ela acabou. Existiram algumas coisas ruins como o fato de que ficou mais doente, sim. Mas até isso, se colocado no longo prazo, é positivo porque a criança fica mais resistente também!
Posso dizer que a escola está sendo muito boa para o desenvolvimento da Fernanda.

A questão agora vai ser como ela reagirá ao nascimento da irmãzinha e o reflexo que isso vai ter na vida dela. Mas um dia a maioria das crianças passa por essa experiência e por mais terrível que seja no começo, a longo prazo o resultado é sempre positivo.

Fico por aqui, neste que deve ser um de meus últimos posts "livro" (UFA, ainda bem né?!!!) já que o tempo depois do nascimento da Laura vai ser mais escasso!!

Obrigada a quem leu até aqui!

Beijos

Cláudia

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